sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O que digo quando digo: AMO-TE

(Amor dos Silêncios Meus)

sinto-me pequeno de mais para falar de algo tão grande

aprendi o amor na forma de um sorriso
aprendi o amor num olhar terno
aprendi o amor num toque carinhoso
aprendi o amor num abraço aconchegante

aprendi o amor na forma de uma palavra
aprendi o amor num gesto
aprendi o amor na presença próxima
aprendi o amor na voz do outro
aprendi o amor num beijo

aprendi o amor na amizade
aprendi o amor na honestidade
aprendi o amor na lealdade
aprendi o amor no respeito
aprendi o amor na generosidade
aprendi o amor na simpatia
aprendi o amor na solidariedade
aprendi o amor na entrega
aprendi o amor na confiança
aprendi o amor na amabilidade

aprendi o amor em mim por via do que sentia e não do que sonhava

aprendi que nem sempre ao que chamamos amor
corresponde um sentir que aprendemos como amor

aprendi a confundir amor com desejo
aprendi a confundir amor com mil coisas mais
aprendi a dúvida pela diferença face ao que nos outros era dito ser amor
aprendi a dor pelo que na vivência do amor dos outros me foi dado experimentar
aprendi que tinha que voltar a aprender o amor que quase esqueci

aprendi que o amor não era forma nem fim
mas substância e origem constante

aprendi, reaprendi o amor e continuo a aprendê-lo todos os dias
tornei-me um praticante convicto do amor

engraçado mesmo é que de tanto ter aprendido o amor
dele só consigo referir atributos e formas de manifestação
sem nunca o conseguir definir

do amor em si...
só consigo identificar em mim a experiência
só consigo identificar em mim o sentir

do amor em si...
só sei que o tento dar
sempre
sem condições
sob pena de deixar de ser... amor

do amor em si...
sinto que quanto mais lhe tento encontrar os limites
maior ele se torna
mais pequeno eu sou

do amor em si...
sei que se não amar um
não amo nenhum

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