segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Demasiado...

olho para os homens e mulheres que me rodeiam
e já não as vejo como figuras da minha razão...

são em mim seres que se deslocam ruidosamente numa existência silenciosa
no meio de uma vida que corre a um ritmo infinitamente mais tranquilo do que aquele em que se imaginam...
em que a classificação de humanos que se atribuem
numa tentativa de diferenciação valorativa de si mesmos
peca por nebulosa e vaga...

as qualidades com que vestem a palavra parecem ficar folgadas onde deviam estar justas
e demasiado apertadas onde conviria à figura estarem mais largas...