domingo, 5 de setembro de 2010

em paz...

uma parte de mim encerra as portas dos lugares por onde se habituou a ser vida…
o corpo sossega
os desejos esgotam-se nos gestos que a razão não acompanha
os meus certos e errados perdem a convicta certeza de outros tempos
deixei de tentar segurar a vida nos limites da minha conveniência
respiro cada vez mais tranquilo
o meu sentir é cada vez menos físico e emoção desvairada
é um estar bem que só consigo depois de me esgotar e de parar

já quase não me assaltam as dúvidas que me faziam correr atrás de todas as respostas dadas antes de mim
habito em paz o corpo em que me descubro e transcendo