arrumo os meus amanhãs pelas gavetas do esquecimento
lanço ao vento do acaso o pó das memórias dos meus ontens
desmancho o tear das minhas ausências
deixo de remendar a manta dos meus desejos e vontades
aceito desfazer os laços de todas as certezas que alimentam as minhas palavras e gestos de sempre
entrego-me ao sono que me faz acordado onde os demais adormecem
não posso deixar de me questionar…
que raio faço eu aqui neste lugar dos absurdos da minha vida?
pois… não faço nada