quarta-feira, 1 de junho de 2011

retomo a caminhada solitária da consciência que me faz vida e devolve à realidade
num mundo onde muitas vezes adormeço…

recuso o uniforme do soldado que marcha ao som do acaso de razões que não entendo pertencerem-me
visto a pele do guerreiro da liberdade que abrigo no peito
e parto para o campo de batalha da alienação empunhando o mais mortífero e impiedoso sorriso que o amor que me reconheço consegue gerar na minha alma

não faço reféns nem escravos por em mim não conhecer ou aceitar tal condição…
esta é uma guerra que ganho a cada instante
quando me dou por vencido e aceito abandonar o campo de todos os lamentos…

lavo as feridas breves mergulhando no silêncio fresco de todos os sóis que o horizonte me oferece
e parto…
permanecendo só e quieto nos lugares onde ninguém se dá conta de estar

retomo a caminhada solitária da consciência que em mim se faz riso…