quando aceito como absoluto e me vinculo ao que penso e ao que sinto
torno-me refém desse pensamento e desse sentir
concedo ao mundo o direito de vida e de morte sobre a minha vida…
e se há senhores de quem em abstracto valeria a pena ser escravo …
o facto é que me limito a tropeçar sempre em pequenos tiranos sem noção do poder de destruição que detêm…
se esta foi a história da minha vida
percebo que esse é cada vez mais um tempo que vai ficando para trás
quando as questões se oferecem como companheiras de viajem recuso-as
quando não as posso evitar…
procuro atingir o lugar de não resposta em mim
quando o que sinto invade a minha vida prendendo-me ao que me rodeia
não lhe recuso a presença…
deixo-me levar pela loucura até aos limites do que o que é finito consegue
no fim… sobro sempre eu que sou nada :-)))