sexta-feira, 22 de julho de 2011

(...)

quando aceito como absoluto e me vinculo ao que penso e ao que sinto
torno-me refém desse pensamento e desse sentir

concedo ao mundo o direito de vida e de morte sobre a minha vida…

e se há senhores de quem em abstracto valeria a pena ser escravo …
o facto é que me limito a tropeçar sempre em pequenos tiranos sem noção do poder de destruição que detêm…

se esta foi a história da minha vida
percebo que esse é cada vez mais um tempo que vai ficando para trás

quando as questões se oferecem como companheiras de viajem recuso-as
quando não as posso evitar…
procuro atingir o lugar de não resposta em mim

quando o que sinto invade a minha vida prendendo-me ao que me rodeia
não lhe recuso a presença…
deixo-me levar pela loucura até aos limites do que o que é finito consegue

no fim… sobro sempre eu que sou nada :-)))