parei o tempo
disse à existência que o momento era meu
fiz desaparecer o mundo
olhei a vida nos olhos...
e fi-la sentir que tinha que ir por onde lhe dissesse
no silêncio onde aconteço
sozinho apesar de acompanhado
toco-te com o olhar e faço-te acordar
convido-te a acompanhar-me
num mundo vazio de sentidos
mas cheio de tudo o que todas as palavras do mundo juntas não dizem
em que se perde a razão e ganha a compreensão do todo que a parte não prenuncia
em ti ensaio a eternidade...
em mim... ofereço-te a fragilidade do momento fugaz
que nos faz transcender o corpo que julgamos ser
e entro contigo no mundo do silêncio
em que nos perdemos e encontramos
pela consciência do infinito
que entre o antes e o depois
explode no nós que desaparece
quando nos deixamos cumprir um no outro
regressamos ao corpo em que nos reconhecemos
e compreendemos que o mundo já não é o mesmo
como se o momento
em que nos perdemos algures no tempo da vida que conhecemos
nos surgisse uma vez mais
à espera de ser retomado
oferecendo-nos a oportunidade de fazer da liberdade
do amor e da felicidade
mais do que uma experiência efémera
conseguida entre medos
receios e anseios
desejos e vontades
razões e convicções
e em que nos refugiamos porque assim escolhemos
porque assim aprendemos a vida
o amor deixa de acontecer apenas no acto que lhe conhecemos
a liberdade surge-nos pela ausência da escolha que lhe entendíamos como expressão
a felicidade passa a ser o espaço em que nos procuramos e encontramos
o silêncio torna-se o som do caminho que percorremos juntos
na experiência do êxtase que protagonizamos
e...
fazer amor contigo...
é fazer amor com a existência
domingo, 2 de novembro de 2008
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