vêm do mundo que criei nas fronteiras feitas de nada que deixo cair…
e nas quais construí os equilíbrios daquilo a que chamei vida
recuso as novas fronteiras de sobrevivência de todos os mundos novos e velhos
mas sobra em mim a matéria que os alimenta…
a dor e a tristeza…
ainda que vestidas das mais exuberantes manifestações de alegria e fugaz bem-estar de que são feitos todos os sonhos
a fuga para o sono da minha inconsciência é fácil…
mas não quero voltar a adormecer
que venham pois a dor e a tristeza…
com elas virão também o prazer e a alegria…
e quando disso for tempo que partam todos
será essa a próxima fronteira a deixar cair em mim…