a razão que em mim era caminho
esgota-se a cada momento que passa
face a um silêncio profundo
que tudo aceita e nada contesta
a inevitabilidade desse silêncio
o fim do caminho e a ausência de um propósito
deixam-me inquieto...
a razão eu conheço
o silêncio é a aventura do desconhecido...
tantos anos a construir-me razão
e agora...
do topo dessa razão
lanço-me no vazio
o início do salto já se deu...
o corpo já entrou no movimento que o fará projectar-se
voltar a trás já não é possível
parar já não é opção...
na vertigem da queda da razão
o medo vai dando lugar a uma gargalhada...
não lhe sei a origem
mas adivinha-se como único ruído
que do silêncio poderá ser expressão
vai sendo tempo de dizer adeus
começa ser tempo de sorrir e dizer... olá
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