o meu silêncio
criou em mim a distância
que no meu acontecer
permite entender o que dele faz parte
e o que nele é reflexo do acontecer do que me rodeia
nem tudo o que imaginava meu o era
muito do que imaginava liberdade de acção
mais não era do que reacção
ao que me chegava
do acontecer no que me rodeava
desmontando-me
em vez de me perder encontro-me
não no que na minha superfície é movimento porque aconteço
mas no que para além dela
permanece imóvel
intocável
reconhecível apesar de indescritível
imóvel
em silêncio
no meio do nada
sem antes nem depois
torno-me livre para fruir esta existência que no meu corpo se cumpre
livre para agir
livre...
deixei de ser livre
passei a ser a liberdade
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
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