as ausências com que encho a minha existência
vão sendo por mim aceites a cada momento
e deixo de procurar ver perto o que está longe
os fantasmas com que ocupo os vazios do meu pensamento vão desaparecendo
e fica só o vazio
nesse vazio onde imagino vir a sentir perda e mal-estar
descubro apenas... o vazio
percebo que o vazio e a ausência são feitos do mesmo nada com que os preencho
olho com atenção para esse nada
e deixo de ver vazios
...deixo de sentir ausências
o que pensava vazio surge-me cada vez mais cheio
e as ausências dão lugar à presença de uma multidão
sinto cada vez mais que não tenho lugar para o que não está
o que foi... ficou onde aconteceu
o que ainda não aconteceu... quando acontecer verei
Yael Naim - "Lonely"
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
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