perguntas-me...
que fiz eu para que sentisses por mim o que sentes
brincando
respondo-te com um disparate qualquer
que te faz rir
fico a reflectir sobre a questão
e percebo que não há nada que eu pudesse fazer para que esse teu sentir acontecesse
sou demasiado falho de atributos para conseguir tal feito
continuo a reflectir sobre a questão
e percebo que se tivesse tentado fazer alguma coisa no sentido de te conquistar
só te teria conseguido afastar
perdendo até a tua amizade
revejo o meu percurso no que diz respeito à minha proximidade de ti
e percebo que me limitei a agir em consciência e no respeito pelo que sinto em cada momento
falei-te do que sentia e sinto
tendo o cuidado de nunca me tornar invasivo ou inconveniente
nunca te coloquei questões sobre a tua vida ou sobre os teus sonhos
nunca te fiz promessas ou coloquei condições
nunca agi como juiz dos teus actos ou pensamentos
nunca te pedi nada em troca
nunca virei as costas a qualquer questão que quisesses colocar-me
nunca me impus na tua vida
falei-te do que sentia e sinto
sem nunca me atrever a oferecer mais do que sentias e dizias poder ou querer aceitar
sem nunca me atrever a esperar mais do que sentias...
tratei-te como um ser livre
deixei que o que sinto por ti encontrasse o teu sentir
limitei-me a amar-te e a dizer-to
o resto foi feito pelos teus e pelos meus olhos
que quando se cruzam parecem fazê-lo desde o início dos tempos
o resto foi feito...
o homem e a mulher que somos agora fez o resto que não sei descrever
mas que tu e eu sabemos sentir
por mais que tentemos
nunca conseguiremos explicar esta história de amor
esta história de amor não precisa de ser explicada
fiz tudo e não fiz nada...
deixei apenas que a vida acontecesse
Simon e Garfunkle - "Sound of Silence"
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
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