domingo, 3 de maio de 2009

Quieto...

mergulho nos lugares vazios de mim mesmo
e sinto que a agenda que me organiza os dias desaparece nas memórias dos outros

as razões do mundo não me prendem
já não há nada que me obrigue para além de mim mesmo
para além do tempo e do lugar em que estou

afundo-me no infinito e o mundo desparece

fico quieto...
sensações esquecidas voltam
sensações novas são-me permitidas
sinto o prazer de respirar

fico quieto...
tenho a eternidade para celebrar a vida

fico quieto...
o meu sorriso transforma-se numa gargalhada vinda das profundezas da exsitência

fico quieto...
desaparece a morte como limite da vida

fico quieto...