sendo muito mais que o corpo que em mim reconheço
passei a maior parte da minha vida confundindo-me com aquilo que dele me dei conta
tomando por limites do que me era possível
o que no meu corpo entendia poder cumprir-se
observo o que de parte mim sendo abrigo não me esgota...
manter-me preso à ilusão de segurança do que em mim é frágil e efémero... já não é opção
o medo já não me prende
já só posso mergulhar na existência para além da minha brevidade
sinto-me cada vez mais distante... apesar de toda a proximidade percebida