venho do infinito esquecido no sonho dos sentidos
prisioneiro dos encantos da vida
adormeço na razão que me agita os gestos
com que ensaio as viagens de regresso à origem
de que não me dou conta
porque dela não me sabia distante
o silêncio chama... insistente
nos lugares do nada vou encontrando as saídas que adivinho e não entendo
atravesso-as sem as procurar...
partir e ficar...
são condições do caminho inevitável desta viagem sem retorno
não me lembro de alguma vez ter decidido ser vida...
esta vida...
mas já que o sou... sê-lo-ei plenamente