sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Impotente...

sinto-me impotente...
perante os gritos silenciosos da dor dos mais belos corpos interiormente mutilados
que se me entregam...
como se na posse que deles alguém pudesse ensaiar
estivesse o alivio que desesperadamente procuram
à revelia do que neles parece habitar na forma de um sonho e desejo do ausente

estranha sina esta...
que faz com que o que nos pode tornar grandes
nos condene a tão atroz destino
levando-nos do nascimento à morte
sem que da vida consigamos a experiência fora dos limites da ilusão

não quero mais a distância que me é oferecida...
daquilo que em mim é cada vez mais uma realidade...
o amor... a felicidade... e a liberdade...