terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Viagem obrigatória

o barco em que navega o meu sorriso
descansa nos reflexos prata das águas da minha tranquilidade...
aguardando pacientemente o meu silêncio
que fará transportar para os lugares desconhecidos da razão que abandono

as sensações e os sentidos desligam-se lentamente...
as sensações ganham novos sentidos na vida que afirmam
e os sentidos perdem-se no vazio do entendimento que alimentavam

os gestos e as palavras dos meus limites vão desaparecendo...
anónimos...
discretos...

o silêncio dos meus gestos e a cor das minhas palavras confundem-se com os reflexos prata das águas fundas e tranquilas da existência

flutuo na ausência dos meus limites
embriagado...

é longa e inebriante esta viagem ao lugar em que aconteço
absolutamente imperdível... obrigatória