quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Partir não custa

sou alimento da vida que se sacia em mim no afago terno da brisa fria da manhã

sinto o abraço suave da luz difusa de um sol que se esconde por detrás de cada uma das nuvens com que preencho o céu por onde navego

dou-me conta dos tesouros da existência que todas as fortunas do mundo não permitem

caminho pisando levemente no frágil e fulgurante som de todos os silêncios que me desenham os contornos nos lugares vazios dos meus dias

a eternidade pulverizou todos os limites do meu entendimento...

sou o ar que respiro e aceito o convite para seguir com o vento para todos os aléns que o meu corpo não pode

partir não custa...
difícil é voltar e ficar