quarta-feira, 12 de maio de 2010

brisa...

todas as palavras da vida se organizam para me falar do silêncio que escondem
anunciam a sua extinção no fim dos sentidos que se calam em mim

sinto-me suspenso no vazio
percebo-me... o próprio vazio
confundo-me com o ar que respiro
ultrapasso os limites que aprendi

a minha relação física com a vida
que com os demais tentei afirmar
ganha novos contornos...

ou melhor...
perdeu os seus contornos breves
ganhou as formas inconstantes do vento...

e é como brisa doce e fresca que te digo baixinho ao ouvido
as palavras do silêncio que teimas em não escutar
mas que te tocam...
em cada raio de sol que te aquece a face distante
no aroma de um jardim próximo que insiste em te acompanhar
quando pensas que caminhas só...
- estou aqui