domingo, 16 de maio de 2010

linhas da imobilidade

os limites da vida começam na ignorância...
se abdicar do conhecimento que me faz ignorante desaparecem os limites...

deixo de me agarrar às linhas do meu imaginário da existência
deixo de lhes dar a consistência do meu entendimento
deixo de encher o espaço por elas definido com as projecções de partes de mim

o silêncio começa a fazer-se ouvir
o vazio anuncia a sua presença
a imobilidade lança-me na vertigem de um movimento sem trajectória nem tempo

a consistência do que me rodeia confunde-se com a da luz sem origem que lhe define as formas e as cores

os limites da vida começam na ignorância...