quinta-feira, 15 de julho de 2010

cada vez mais perto

desligo em mim o tradutor automático que me acompanha por onde caminho
e instala-se em mim a tranquilidade que me anima o suspiro fundo que solto
sossego em mim os gestos de sempre
e liberto-me dos limites a que me habituei
retiro ao que reconheço em mim a consistência das certezas do meu entendimento
e percebo uma existência de discreta presença em cada pedacinho do meu ser...

a forma do meu sorriso desenha-se no amor silencioso que me invade a consciência da ausência da necessidade de um objecto de afecto

não preciso de causas para me justificar ou explicar como efeito legítimo seja do que for

navego pela felicidade de que sou feito...
e não me peçam explicações da liberdade que me concedo...
não haveria palavras que chegassem