sábado, 13 de novembro de 2010

de fora ficam os sonhos...

retiro-me devagar de todos os lugares em que me fiz ruidosamente presente
fecho as portas que me invadem a tranquilidade de sempre
deixo fora de mim o movimento alucinante de todos os desejos insatisfeitos
preparo-me para o recolhimento absoluto e sem concessões

o amor que me fez vida sem objecto ou propósito reclama o resgate da alma que abrigo
de fora ficam todos os sonhos…

a serena tranquilidade de todos os silêncios antes de mim recebe-me no lugar de onde nunca saí
foi cheia a viagem da minha vida…
serei no amanhã de todos o hoje que a existência me reservar