pouso com a caneta as palavras e os gestos do meu caminho de regresso a casa
os chamados que me convidam a sair ficam cada vez mais distantes
já quase não os oiço…
a minha vida começa e acaba nos movimentos do meu respirar
sendo a extensão do meu mundo medida pelo alcance de cada sopro que me faz vida
ainda me ausento com a brisa que me toca os sentidos
viajando com o vento pelos lugares que com ele me chegam
mas…
já não vou para longe deste lugar da eternidade preenchido pelas linhas que me desenham a cada instante no infinito