sexta-feira, 4 de novembro de 2011

(...)

soam distantes os ruídos que a noite acrescenta aos sons do silêncio que me envolve

há um sorriso vazio entre mim e o mundo
que preencho com o aleatório do acaso desgarrado das poucas palavras que deixo fugir com o vento de todas as manhãs
que turvam o ar que respiro...
quase sufocando os gestos que me rasgam as certezas com que tento cobrir a nudez velha e cansada dos meus dias

torno-me ausente na minha presença

se calhar não há nenhum vazio...
se calhar é só a minha distância...

por instantes sinto-me a chuva que me encharca o pensamento...