sexta-feira, 2 de novembro de 2012

o desenho do meu sorriso

faço-me silêncio com os lugares que a vida não conhece
e mesmo amando muito a vida que ser nenhum consegue ser
vou-me deixando levar por uma corrente de imparável tranquilidade
que me faz longe sem nunca sair de onde estou...

serenados os ânimos dos demónios que só existem na ideia de tempos de ontem e de amanhã
desaparecem as dores e os medos que fazem as angústias que com os demais carrego...

aos gritos sofridos que orgulhosamente ostentam chagas e desventuras
reclamando reconhecimento reparo e solidariedade
retiro o som da minha voz...
e substiuo-a pelo mais fundo sorriso que os meus lábios não desenham

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