sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A vida, essa velha e querida professora...

tenho na vida o mais paciente dos professores
que docemente insiste comigo nas matérias que não entendo
acompanhando-me num crescimento que umas vezes não quero
muitas outras não percebo como oportunidade
apesar de me ter como aprendiz esforçado

porque não desisto
tenho como prémio a consciência do que a razão não alcança
e a experiência cada vez mais plena do que a vida tem para me oferecer
nas matérias a que em mim dou espaço para descobrir e explorar

começo sem hipótese de escolha...
apenas me é colocado o desafio que aceito ou recuso
mas que nunca posso escolher
sendo que esse desafio pode ser adiado
sem nunca poder ser evitado

recuso um e logo outro me é proposto
e se esse não é aceite ou entendido
outro virá
como se houvesse uma sequência a cumprir à medida do que posso e consigo

quando começo a perceber esta dinâmica
começo a dar mais atenção ao que a vida me põe à frente
e quanto mais olho e observo
mais percebo o que me vai sendo transmitido em cada momento
as transformações que me são propostas

a cada transformação que em mim ocorre
fica uma vontade enorme de abraçar o mundo
de soltar a mais estrondosa das gargalhadas
pelo maravilhoso e fantástico do sentido

uma energia extraordinária faz-me saltar e gritar
quando não exteriormente
pelo menos interiormente
em que o meu sorriso se torna uma constante
pela felicidade e liberdade que sinto

e afinal... o que me quer a vida fazer perceber, experimentar?

tão simples e tão difícil...

o amor

se amo um amo todos
se não amo um...
não amo nenhum

enquanto isto não for em mim realidade
a vida continuará a insistir nas lições que insisto em não aceitar cumprir

só passarei nesta matéria quando pela razão deixar de agir...
e de mim fizer testemunha dele

e eu aceitei o desafio
e eu aceito o desafio a cada agora em que sou vida com a vida

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