(alguém devolveu-me um texto já com dois anos...)
sentado no horizonte
na experiência e fruição dos azuis do mar e do céu
que, nele (horizonte), teimam em não se misturar
embalado pelo cantar infinito das ondas da existência
de que as do mar são parte audível
concedo-me o prazer de esquecer o homem que aprendi a ser
de esquecer o que penso que os outros esperam que eu faça
e deixo-me ficar
apenas estar
entre as pregas do vestido que alguém uma vez chamou de "tempo"
e em que a humanidade se perdeu
se esqueceu ... que era
sem quês nem porquês
2007.03.23