segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A nudez dos meus gestos...

morrem os gestos da minha razão...
e a minha vida desenha-se em cenários de furiosa aventura
pintados com o garrido sabor das cores da descoberta das muitas caras da liberdade
em que o amor e a felicidade dançam a mais sensual das melodias
cantada pelas mil vozes da existência no palco dos silêncios

é neste lugar distante de onde não saio que me encontro e me abandono
seguindo nos braços do vento que me faz rodopiar nas franjas da eternidade
revelando-me uma nova ordem para as palavras velhas de uma razão esquecida
vazias de um sentido que se perdeu nos gestos soprados pelo vazio de todos os lugares que deixaram de o ser

sou cada vez mais a matéria de que são feitas todas as ideias
que irá resgatar o ser em mim desaparecido
entre o que sonhei e o que o meu entendimento não alcançou
num tempo de tempos fantasiados que estiveram sempre em falta

a vida é a festa para qual fui convidado pela existência
no lugar do nada que em cada palavra adormece
em que a única máscara que uso... é a nudez dos gestos de que sou capaz