não saí do mundo de todos
mas os mundos de que me julgava parte vão saindo da minha realidade
vou percebendo que não me devo fazer presente nos gestos e palavras que me anunciam nos lugares vazios da fantasia de quem me faz à medida do que consegue...
arrogando-me o direito de afirmar as verdades que tenho por certas apenas porque são minhas...
resta-me apenas ficar quieto
observando e fruindo intensamente tudo o que a vida me traz
deixando que pela minha presença se cumpra a consciência a que cada um está votado
alargando a minha compreensão do que me escapa no silêncio que cada ruído meu esconde
em quadros desenhados para um qualquer amanhã... ou esquecido na memória distante de alguém