sábado, 14 de agosto de 2010

cada vez mais silêncio...

levo-me aos extremos do sonho e do desejo que ainda persistem
e vejo caírem as cores da fantasia com que pintava as imagens que vestia

a realidade crua e nua da minha frágil e pobre figura não preenche os requisitos das ilusões por onde me aceitei como vida...

o choque da constatação faz-me descolar do que me imaginava...
e em vez da desorientação dos idos tempos de autoflagelação aprendida e treinada
percebo-me mais tranquilo e sereno

um longo sorriso invade-me o peito...

o universo é o meu território
o infinito é a minha casa
a eternidade o meu tempo