levo-me aos extremos do sonho e do desejo que ainda persistem
e vejo caírem as cores da fantasia com que pintava as imagens que vestia
a realidade crua e nua da minha frágil e pobre figura não preenche os requisitos das ilusões por onde me aceitei como vida...
o choque da constatação faz-me descolar do que me imaginava...
e em vez da desorientação dos idos tempos de autoflagelação aprendida e treinada
percebo-me mais tranquilo e sereno
um longo sorriso invade-me o peito...
o universo é o meu território
o infinito é a minha casa
a eternidade o meu tempo